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Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotisa, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

domingo, 7 de novembro de 2010

O DEUS CORNÍFERO

Cernunnos


O Sagrado Masculino também existe sob muitos nomes, entre eles Pan, Osíris, Dioniso, Herne, Cernunnos. Trata-se da representação masculina da divindade. Os deuses têm muitas formas e nomes, mas um dos aspectos predominantes em cultos antigos era o do Deus Chifrudo.

Calma, para aqueles que não são pagãos é importante afirmar o seguinte o "Deus Chifrudo ou o Deus Cornífero como também é conhecido não é o diabo".


Os pagãos não reconhecem a figura do Diabo ou Satã pois estas figuras são criações do Cristianismo.




Nas civilizações antigas dos homens e na Natureza, os chifres eram considerados uma representação do poder, da masculinidade. Os chifres sempre foram sinal de algo Divino.
Na Babilônia, por exemplo, o grau de importância dos deuses era identificado pelo número de chifres atribuídos a ele. Os chifres foram incorporados aos costumes pelos homens ainda na Idade da Pedra, quando eles perceberam que se vestir como o animal facilitaria a sua aproximação das manadas de animais selvagens durante a caça.

Os chifres foram então considerados símbolos de masculinidade e virilidade tendo em vista que era preciso muita coragem para se aproximar de uma manada de animais selvagens.



Posteriormente os Deuses começaram a ser representados com eles, nas pinturas das cavernas como forma de magia simpática, para atrair boa caça e por conseguinte fartura para tribo.
Quando os humanos caçadores começaram a desenvolver uma sociedade agrícola, mantiveram consigo as antigas deidades do mundo selvagem. O deus com chifres de gamo da floresta foi transformado no deus com chifres de bode dos pastos.
 
Temos inicialmente, então, um Deus da Caça. Mais tarde, vieram novas atribuições, como a de deuses protetores das florestas, deuses dos animais, deuses da chuva, deuses do vinho, deuses da colheita, entre muitos outros.
Isso em grande parte pela necessidade de domesticarem animais numa sociedade agrícola. O deus das florestas tornou-se então o deus das colheitas.É a face do sagrado masculino que exerce domínio sobre as florestas. Ele representa tudo o que é livre; é o Caçador que representa a renovação, vitalidade, força e fertilidade. É o Deus da Caça, invocado pelos homens desde o período Paleolítico.Seus nomes variam de época e cultura, sendo que alguns exemplos são Cernunnos, Pã e Dioniso.

O Deus Cornífero foi transformado no Diabo pelos cristãos com o simples e único objetivo de acabar com o culto das bruxas na Europa Ocidental, a associação dos chifres com traição feminina também foi fomentada pela igreja com a finalidade de acabar com a liberdade feminina das adoradoras da Deusa e do Deus, e incutir nos homens a aversão ao culto do Deus cornífero. Não havia outra razão.

Muito antes do Cristianismo imigrar dos desertos da terra santa ( Israel ), o Deus de Chifres era tido como o símbolo da vida, da sexualidade, do êxtase e da liberdade.
No entanto, muitas deidades pagãs foram absorvidas e adaptadas pelo Cristianismo. A própria história de Jesus (morte e ressureição, o mistério do pão e do vinho, a descida ao inferno, etc...) é baseada em muitos mitos pagãos, de Osíris a Dioniso, .

Levando em consideração que tais deuses já existiam muito antes do período cristão, podemos ver que não se trata de coincidência. Pois os antigos ritos eram adaptados as novas religiões com vista a converter os pagãos a nova religião em ascenção.

Aspectos da vida relacionados ao Deus Cornífero:

- Atrair coragem, garra e vigor;
- Trazer fertilidade e gravidez;
- Livrar-se do estresse;
- Atrair o vigor sexual;
- Aumentar a percepção e os instintos;
- Resolver problemas difíceis;
- Estabilizar situações;
- Atrair prosperidade e riqueza;
- Buscar a razão;
- Invocar os poderes da fartura e da prosperidade.

QUEM É O DEUS CORNÍFERO ?

O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres de bode. Ele é o guardião das entradas e do círculo mágico que é traçado para o ritual começar.

É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e senhor das matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência..Ele nasce da Deusa, como seu complemento e carrega os atributos da fertilidade, alegria, coragem e otimismo.

Ele é a força do Sol e da mesma forma , nasce e morre todos os dias, ensinando aos homens os segredos da morte e do renascimento.
Segundo os mitos pagãos o Deus nasceu da Deusa, cresceu e se apaixonou por Ela. Ao fazerem amor a Deusa engravida e quando chega o inverno o Deus Cornífero morre e renasce quando a Deusa dá a luz.

Este mito contém em si os próprios ciclos da natureza onde no Verão o Deus é tido como forte e vigoroso, no outono ele envelhece, morre no inverno e renasce novamente na primavera.
Para a maioria pode ser considerado meio incestuoso, quando afirma-se que o Cornífero seja filho e consorte da Deusa, mas o incesto era extremamente comum aos povos primitivos onde os indivíduos se casavam entre os próprios familiares para conservar a pureza da raça. Além disso este mito deve ser considerado de forma simbólica, pois em termos simbólicos todas as coisas vieram do ventre da Grande Mãe inclusive o próprio Deus e por isso para Ela, Ele deve voltar.

O culto aos Deus Cornífero surgiu entre os povos que dependiam da caça, por isso Ele sempre foi considerado o Deus dos animais e da fertilidade, e ornado com chifres, pois os chifres sempre representaram a fertilidade, vitalidade e a ligação com as energias do Cosmos.
Além disso a Bruxaria surgiu entre os povos da Europa, onde os cervos se procriam com extremada abundância, por isso eram freqüentemente caçados, pois eram uma das principais fontes de alimentação.

Com o crescimento do Cristianismo e com a intenção do Clero em derrubar Bruxaria, a figura atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e na atualidade resgatar o status deste importante Deus torna-se bastante difícil.

O Deus Cornífero representa a luz e a escuridão, a imortalidade e a morte, a interrupção a continuidade. Cernunos, como também é chamado, simboliza a força da vida e da morte.
É o amante e filho da Deusa, o senhor dos cães selvagens e dos animais. É ele quem nos desperta para a vida depois da morte. Representa o Sol, eternamente em busca da Lua.
Seus chifres na realidade representam as meias-luas, a honraria e a vitalidade e não uma ligação com o Diabo.

Ainda hoje existe muita confusão a cerca da Bruxaria e isto se deve a Igreja Medieval que transformou os Bruxos antigos em Feiticeiros do Demônio, por conveniência.
O culto à Deusa Mãe e ao Deus Cornífero é pré-cristão, surgiu milênios antes do catolicismo e do conceito de Demônio, o qual jamais foi adorado, invocado, cultuado e reverenciado nas práticas pagãs ou como deidade da Bruxaria.

A Arte Wiccana remonta os homens das cavernas e para entendermos o porque uma divindade com chifres foi reverenciada pelos Bruxos de antigamente e é reverenciada até hoje pelos Bruxos modernos temos que pensar como nossos antepassados.
Os chifres sempre foram tidos como símbolo de honra e respeito entre os povos do neolítico. Os chifres exprimem a força e a agressividade do touro, do cervo, do búfalo e de todos animais portadores dos mesmos.

Entre os povos do período glacial uma divindade era representada com chifres para demonstrar claramente o poder da divindade que o possuía.Quando o homem saía em busca de caça, ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal capturado sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele vencera os obstáculos.
Graças a ele todo clã seria nutrido, ele era o "Rei". O capacete com chifres acabou por se tornar em uma coroa real estilizada.

Muitos Deuses antigos como Baco, Pã, Dionísio e Quíron foram representados com chifres. Até mesmo Moisés foi homenageado com chifres pelos seus seguidores, em sinal de respeito aos seus feitos e favores divinos.

Os chifres sempre foram representações da luz, sabedoria e conhecimento entre os povos antigos. Portanto como podemos perceber, os chifres desde tempos imemoráveis foram considerados símbolos de realeza, divindade, fartura e não símbolo do mal como muitos associaram e ainda associam.

A Grande Mãe e o Deus Cornífero representam juntos as forças vitais do Universo.
O Deus Cornífero é então o mais alto símbolo de realeza, prosperidade, divindade, luz sabedoria e fartura. É o poder que fertiliza todas as coisas existentes na terra.


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